TERRENOS INCLINADOS, ENCOSTAS E OUTRAS PIRAMBEIRAS



Quem, alguma vez na vida, admirando uma bela paisagem desde o alto de uma encosta, não desejou morar lá?


Não se pode negar que as encostas tem sempre uma paisagem mais amena que um local plano, principalmente dentro de uma cidade densamente povoada.

Mas os terrenos inclinados trazem, junto com a beleza da paisagem, muitos inconvenientes, começando pelo bolso... é mais caro construir numa encosta do que num terreno plano.


Não quer dizer que se deva excluir totalmente a opção do terreno em encosta, mas tem que saber escolher o terreno.










No caso de terrenos em ruas sem calçamento, prestar atenção ao desnível da rua entre um e outro lado, já que na hora do calçamento será nivelada e ficará de cada lado um desnível para cima ou para baixo do meio fio.









Preferir, sempre que possível, terrenos em aclive a partir da rua. As águas pluviais que não sejam absorvidas pela terra, e os esgotos tem que desaguar na rua, e em descida o escoamento é feito naturalmente. Nos terrenos em declive desde a rua, será necessário bombear essas águas até o nível da rua, o que implica em reservatórios, bombas e energia elétrica.










Saber distinguir entre: “terreno inclinado” e “pirambeira brava”. O terreno não pode ter uma inclinação tão acentuada que não permita pelo menos fazer planos para assentamento da construção com o máximo de 3m de corte, sendo o ideal abaixo de 2,50m.

Ter em mente que em terrenos inclinados a construção nem sempre pode ficar num só nível, normalmente vai ter vários planos de assentamento, e... muitas escadas!



Já de terreno comprado, tem que prestar muita atenção ao projeto. A casa vai ter que se adaptar ao terreno seguindo as curvas de nível e não ao contrário. Fazer o mínimo de movimento de terra, tentando ter o mínimo de muros de arrimo.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a legislação limita a 3,00m a altura dos cortes do terreno.

A parte externa também tem que ser cuidadosamente estudada. Como não somos coelhos para andar por planos inclinados com facilidade, o jeito é fazer escadas e rampas que acompanhem a encosta de maneira lenta para que o deslocamento pelo jardim seja um passeio e não uma prova de resistência.






























 

O ideal é utilizar as rampas nas partes retas e as escadas nas mudanças de direção.

Fazendo pequenos muros de contenção, pode-se criar pequenos platôs para jardineiras, hortas ou lazer.
 
 
Nos trechos com pouca inclinação, pode se fazer um jardim em 2 níveis.

antes


depois





Já onde a pendente for forte, o jeito e fazer pequenos terraços ligados por escadas.

 






A ribanceira dos coelhos virou horta em 3 níveis, e coelheira de alvenaria.

O terreno inclinado pode ser um grande aliado na irrigação. Canalizando as águas de lavagem, como por exemplo as da máquina de lavar roupa, pode se ter o jardim sempre irrigado.


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